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Um servo do Senhor Jesus apaixonado por vidas, Esposo de Zilma Guedes Soares Da Silva, pai de Rodrigo Soares e Rafaella Soares., Bel. em Teologia,graduado pela FATIN-Faculdade de Teologia Integrada - Igarassu-PE; no ano de 2009, Pós-Graduado em Ciências da Educação-FATIN/LUSOFONA,Mestrando em Ciência da Educação-FATIN/LUSOFONA,Professor da FADUK-Faculdade Kurios, STEMM-Seminário Teologico de Missões Mundiais,FATIN-Faculdade de Teologia Integrada. Diretor de Intercessão da Mobilização Missionária, Conferencista,JUIZ ARBITRAL.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

COMPREENDENDO ALGUNS ASPECTOS DA OBRA MISSIONÁRIA

TREINAMENTO MISSIONÁRIO


Para entendermos os critérios das mudanças na área de ensino missiológico em todo o mundo nos últimos 30 anos precisamos estudar as tendências teológicas presentes em cada contexto.

A grosso modo veríamos que nos anos 70 a missiologia possuía uma ênfase eclesiológica localizada e pragmática. Avaliava-se na época a identidade da Igreja como comunidade responsável por transmitir o evangelho de Cristo por toda a terra. Esta ênfase eclesiológica com aplicabilidade pastoral/eclesiástica definia a formação da mentalidade evangélica levando à uma consciência de quem nós somos e para que fomos chamados. A parte das instituições missionárias especializadas nas áreas de tradução e serviço social não participavam integralmente do afã da Igreja e o treinamento missionário voltava-se mais para a conscientização da responsabilidade evangelistica do que para o método ou estratégia missionária. Foi uma época de fundamentação missiológica, a época dos conceitos, que preparou a Igreja dos países emergentes para a segunda década.

Nos anos 80 iniciou-se um processo centrado na análise e avaliação do campo missionário e notamos o que tenho chamado de ''Efeito PNA'' (Povos Não Alcançados) fazendo com que Missões passasse a ter uma forma gráfica e estatística. Quem são os PNAs, onde estão e como alcançá-los. Surgiram os pesquisadores, os movimentos de categorização da prioridade missionária no mundo e a ênfase na definição do que seria a grande meta missionária da Igreja nos próximos anos. Movimentos como AD 2.000, WEC International (AMEM), World Mission e outras dedicavam-se intensamente à tarefa de definir o que era, onde estava e qual a chance de alcançar os grupos ainda intocados pelo evangelho. Definiu-se a janela 10X40, entendeu-se a dimensão do desafio islâmico, foi revelada a necessidade de investimento missionário entre o crescente grupo dos 'Sem Religião'' e compreendeu-se melhor a permanente resistência dos grupos animistas além do sempre presente perigo do sincretismo religioso. Era a década da definição da largura, extensão e profundidade do restante não alcançado em nossa geração e do que ainda precisava ser feito.

Dois grandes passos haviam sido dados até então: a fundamentação de uma missiologia voltada para a identidade da Igreja e o estudo dos grupos alvos do esforço missionário. Neste ínterim, através do massivo envio missionários nos anos 80, percebeu-se a existência de uma brecha entre o ideal missionário e a realização missionária e assim entramos na década seguinte com uma forte consciência de que faltava algo.

Nos anos 90, com a visão das limitações missionárias, problemas frequentes de contextualização e comunicação transcultural, limitada aplicabilidade das teologias bíblicas em contexto inter-cultural e reduzido número de igrejas autóctones entre os grupos recém alcançados, fomos levados a crer que a formação missiológica, a descrição de nossa identidade funcional, princípios e conceitos como Corpo chamado a fazer diferença na terra, era insuficiente perante o sonho de plantio de igrejas no restante intocado do planeta. Faltavam-nos instrumentos, preparo prático, instrução sobre como fazer, tecnicabilidade; enfim, faltava-nos um manual sobre ''como fazer'' - treinamento missionário. Ao longo dos anos 90 nos rendemos à conclusão de que o grande desafio da década, e possivelmente da década seguinte, seria a preparação teológica, ortoprática e funcional de obreiros transculturais e assim passamos a falar em redefinição de currículos, idealização de melhores treinamentos, fundação de novas escolas de Missões e toda a ênfase voltou-se para a pessoa do missionário gerando também um aprofundamento nos critérios de aceitação, treinamento e envio de novos missionários. Fenomenologia da Religião, Antropologia Cultural, Fonética, Aprendizado de Línguas, Tradução e Teologia de Missões ganharam ênfase em várias instituições de ensino.

Ao fim da década de 90 a consciência da necessidade de melhor formação de obreiros foi captada de maneira geral entretanto ainda estudamos a melhor fórmula de fazê-lo. Precisamos de mais pragmatismo em nossa compreensão do caminho a tomar.

Prejuízo Histórico

Vivemos em um prejuízo histórico missionário como todos os países missiologicamente embrionários onde possuímos uma pequena leva de missiólogos para um grande número de instituições de treinamento missionário onde a grande maioria de nossos professores não tiveram a oportunidade de serem expostos a um contexto transcultural missionário e por outro lado, o grosso dos nossos missionários mais experientes ainda encontram-se na ativa em diferentes campos. Este é um prejuízo histórico comum no momento que nos encontramos, basicamente vivendo a nossa segunda geração missionária. D.L. Zabunn, professor de missiologia no Betany Mission Seminariy na África do Sul afirma que normalmente apenas a partir da sexta geração missionária um pais passa a contar com um número substancial de missionários envolvidos na formação de novos obreiros e ''devemos lembrar que missionários funcionalmente capazes em seus campos não são necessariamente missiólogos ou professores de missões'' . Países como a Coréia do Sul, Nova Zelândia, Austrália, Brasil e Tanzânia vivem situações parecidas do ponto de vista do preparo: a falta de uma ponte que una a realidade do desafio do campo missionário e a presente proposta de preparo missiológico.

É certo que não podemos lidar com todas as implicações desta realidade histórica na qual nos encontramos entretanto creio que podemos minimizar seus efeitos. Precisamos definir nossas prioridades e limitações em nosso treinamento e formação missionária. Costumo afirmar que, pela índole evangelística da Igreja brasileira, temos em nosso território um laboratório natural para a formação de plantadores de igrejas. Somos uma nação etnicamente multicultural e nossas raízes histórico / culturais remontam a um passado menos distante que países com homogenia étnica fazendo com que a chamada ''Expectativa Cultural'' seja menos gritante.

Para minimizarmos os efeitos do prejuízo histórico no qual nos encontramos creio que poderíamos pensar e tentar enfatizar, sob as definições de sua aplicabilidade funcional, três áreas da formação missionária as quais, pelo simples fato de serem comumente apontadas por obreiros provindos de ''novos países'' como as principais barreiras na tentativa de uma verdadeira comunicação do evangelho em grupos mais isolados, constituem para mim o supra sumo da nossa carência de treinamento integral. São elas a Antropologia Cultural, Teologia Bíblica e Aprendizado de Línguas.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

UMA CARTA, UM ESCRAVO E UM AMIGO.

CURIOSIDADE ACERCA DA CARTA DE PAULO A FILEMOM:


Esta é uma carta pessoal (embora não particular; conforme o versículo 2) que Paulo escreveu a Filemom, um de seus convertidos e um bom amigo.

Filemom era um homem de boa posição social em cuja casa, na cidade de colossos, se reunia um grupo de cristãos. Um de seus escravos, chamado ONÉSIMO, fugiu para a cidade grande (ROMA, ou talvez, ÉFESO), onde facilmente podia ficar sem ser notado. Ali, por um ou outro motivo, entrou em contato com o apóstolo Paulo, que estava na prisão, e, através dele, se tornou cristão.

Paulo estimava o jovem ONÉSIMO como se fosse um filho, mas legalmente ele pertencia a FILEMOM. Não era nada fácil para Paulo e ainda mais difícil para ONÉSIMO - que estava sujeito a um castigo terrível por ter feito o que fez – mas era necessário que ONÉSIMO voltasse e acertasse a situação com o seu dono. Paulo não podia ficar com ONÉSIMO sem o consentimento de FILEMOM.

Foi então que Paulo escreveu essa carta explicativa a favor de ONÉSIMO. E TÍQUICO foi com ele, para fazer companhia e dar apoio moral, levando as últimas notícias e uma carta de PAULO à igreja colossense (Cl.4:7-9).



O ONÉSIMO que estava voltando a Colossos era bem diferente daquele que havia fugido. Por isso, PAULO faz um apelo a FILEMOM no sentido de tratar esse escravo como irmão em Cristo – como se fosse como próprio apóstolo (Fl.16-17).

FILEMOM se sentiria pressionado a fazer o que PAULO estava pedindo. No versículo 8, PAULO deixa claro que ele poderia ordenar o que FILEMOM devia fazer; no entanto, preferia pedir, em nome do amor. Ao se apresentar como “PAULO, o velho e, agora, até prisioneiro de CRISTO” (9), o apóstolo apela aos sentimentos de FILEMOM. Na verdade, ele estava pedindo que FILEMOM libertasse ONÉSIMO da escravidão e o mandasse de volta (13), em parte pelos serviços que PAULO havia prestado a FILEMOM. PAULO faz uso de um costume daquela época: quem recebia um presente tinha a obrigação de retribuir com outro. Isto explica o apelo no versículo (19): FILEMOM devia a sua própria vida cristã a PAULO. Havia mais pressão ainda pelo fato de essa carta ter de ser lida à igreja que se reunia na casa de FILEMOM. E PAULO estava confiante de que FILEMOM acataria o pedido e reanimaria o seu coração (20). Tudo isso foi formulado com palavras de louvor e incentivo.

Esta epístola mostra de forma bem clara como PAULO lidaria com a questão da escravidão na comunidade de CRISTO. Ela não é aceitável – e ele quer que a comunidade cristã seja um exemplo do que o mundo deveria ser. Embora PAULO não tenha abordado especificamente a questão da escravidão, seu pedido a FILEMOM era como instalar um bomba-relógio junto ao sistema escravocrata.

• ÁFIA (2) Talvez fosse a esposa de FILEMAOM. AQUIPO poderia ser o filho deles.

• INÚTIL...ÚTIL (11) PAULO fez um jogo de palavras com o nome de ONÉSIMO, que significa “Ú T I L”.

• VERSÍCULOS 15-16: A escravidão era parte integrante da estrutura social da época. PAULO queria que ONÉSIMO fosse aceito de volta, não como propriedade, mas como irmão. Não deveria mais ser tratado como escravo. Embora não diga isso diretamente, o versículo (16) dá a entender que PAULO queria que o escravo fosse alforriado. A nova comunidade cristã devia ser diferente da sociedade em geral, tanto em termos espirituais como em termos sociais.

• VERSICULOS 18-19: Ao escrever, “eu pagarei”, PAULO lembra a boa ação do samaritano na história que JESUS contou (Lc.10:35).

• EPAFRAS, MARCOS... (23-24) Conforme Cl.4.

FONTES: BIBLIA ANOTADA E EXPANDIDA-Charles C. Ryrie.
                 MANUAL BIBLICO - SBB.